O mundo da decoração vem passando por um amplo processo de popularização e, desde os meados da década retrasada, entrou de vez na pauta de quase todas as famílias brasileiras. Isso fez com que esse universo fosse ficando cada vez mais íntimo a todos e, por consequência, perdesse um pouco da austeridade e até da seriedade de antigamente.

Decorar quartos, escritórios, salas e outros móveis é considerado por muitos um exercício divertido e prazeroso. Naturalmente, elementos do universo íntimo de cada pessoa passaram a fazer parte da decoração de suas casas.

Essa abertura nos conceitos do decór permitiu o uso de cores mais vibrantes, projetos com mais personalidade e o uso peças mais descontraídas, como o uso de brinquedos como objetos de design.

A estética dos brinquedos deixa de ser exclusiva do universo infantil e passa a fazer parte também do mundo dos adultos, recebendo até status de obra de arte. Com isso, os ToyArts (brinquedinhos geralmente sarcásticos e bem humorados) ganharam uma grande força na última década e passaram a fazer parte de projetos mais “descolados”.

Os grandes designers do mundo também embarcaram na onda e criaram móveis divertidos usando o universo infantil como mote. O vanguardista dessa onda foi Philippe Starck, que desenhou a banqueta Gnomes em 1998. Depois dele, a criação mais significativa foi a dos irmãos Campana: a poltrona Banquete, repleta de bichos de pelúcia.

Existem ainda os que vão mais além e criam ambientes inteiros com a aparência infantil. É um caminho arriscado, que pode facilmente pecar pelo exagero, caso não haja um bom argumento. A ideia é ter um ambiente jovial, divertido, mas não infantilóide e com síndrome de Peter Pan.

Crédito das fotos: Google Images