Por Arqª Jealva Fonseca
Nos últimos anos uma revolução verde chegou à  indústria da construção civil. Nunca se falou tanto em sustentabilidade, bem como a sustentabilidade nunca teve um papel tão importante no projeto de arquitetura.
Grande parte dessa revolução verde é decorrente da tomada de consciência do efeito das ações do homem sobre o meio ambiente. Na arquitetura e na engenharia, uma gama de fatores fomentou o desenvolvimento de projetos verdes, entre eles, as novas ferramentas que a tecnologia da informação disponibilizou, permitiram que uma edificação tenha todo o seu comportamento simulado, podendo o projeto ser influenciado em vista do seu desempenho futuro, a exemplo da tecnologia Building Information Modeling – BIM.
Um projeto sustentável, vai mais além do que o aproveitamento de água de chuva, da ventilação natural e do uso da energia solar. Para receber esta credencial de empreendimento sustentável, o projeto  precisa ser ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito.
Neste sentido, podemos dizer que o projeto ecologicamente correto está no uso racional de todos os recursos que o meio ambiente nos proporciona, minimizando os impactos ecológicos negativos e potencializando os positivos sobre todas as etapas (projeto, obra, entrega e manutenção). Ao tempo em que ele precisa ser economicamente viável, trazendo o justo retorno a seus acionistas e investidores no curto, médio e longo prazos.
Quanto ao projeto ser socialmente justo e culturalmente aceito, entende-se  aqui o compromisso com o respeito a comunidade local bem como a disseminação do conhecimento adquirido e aplicado ao projeto, contribuindo para o crescimento de todas as pessoas envolvidas.
Para mensurar o quão sustentável é a edificação, em todo o mundo foram criados diversos modelos de certificação. No Brasil são utilizados os modelos AQUA (Alta Qualidade Ambiental) e LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), cada um com suas caracterÃsticas especificas e normas, porém, com o compromisso de tornar o edifÃcio mais eficiente na sua totalidade, obedecendo  a critérios de avaliação a exemplo de:
·         Relação do edifÃcio com seu entorno
·         Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos
·         Canteiro de obras com baixo impacto ambiental
·         Gestão da energia e da água
·         Gestão dos resÃduos de uso e operação do edifÃcio e sua manutenção
·         Conforto acústico, visual , olfativo e higrotermico (temperatura e umidade),
·         Qualidade sanitária dos ambientes, do ar e da água
O papel do arquiteto e todos os técnicos envolvidos no planejamento e execução  é fundamental . Mais do que uma tendência, a sustentabilidade na construção veio para ficar, sobretudo em um mercado que se torna cada dia mais competitivo e que demanda produtos mais eficientes, com vida útil mais longa e maior valor de mercado.
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