Essa semana o mercado de decoração recebeu mais um grande impulso com a abertura da primeira loja Armani Casa no país. Apesar da marca já existir há mais de 10 anos na Europa, só agora o grupo resolveu investir no Brasil e escolheu São Paulo como seu primeiro destino.

Isso mostra que, apesar de não ser um processo novo, as grandes empresas do mundo da moda cada dia mais lançam seus vorazes olhos para a decoração e a arquitetura de interiores. Moda e decoração sempre andaram lado a lado, uma influenciando diretamente a outra (a primeira sempre influenciou mais a segunda, é bem verdade), mas de certo modo, os investimentos e mercados eram distintos e por vezes antagônicos. Quando as grandes Maisons da moda resolvem abraçar esse mercado, fica bastante claro que a decoração é uma realidade cada dia mais latente na população e, obviamente, um negócio rentável e próspero.

Obviamente que as grandes marcas resolveram importar seus estilos próprios das roupas para as linhas de móveis e objetos, e os resultados tem sido muito interessantes como mostram os exemplos a seguir:

A Armani, já citada, imprimiu seu peculiar e elegante traço nos móveis, como a poltrona abaixo. Além de móveis, a Armani tem também uma rede de hotéis de estilo ao redor do mundo, todos decorados nos traços da marca.

Outra grande marca que expandiu a atuação foi a Versace, que se manteve fiel à extravagância e aos excessos que lhe são peculiares.

A Hermès, elegante marca francesa, aderiu tem pouco tempo ao mundo da decoração e conseguiu móveis de grande valor de design.

Além dos móveis, os tecidos para decoração e papéis de parede também entraram na gama de produtos explorados por essas marcas. A Missoni, famosa pelas suas estampas zigzagcoloridas, foi uma delas, e a Lacoste também lançou uma coleção de roupas de cama bem bacana.

A descolada Diesel, responsável por calças jeans que vestem jovens no mundo todo, conseguiu criar móveis lindos, despojados e cheios de personalidade.

Aqui no Brasil a onda também chegou e um dos melhores exemplos que temos é a linha de tecidos para decoração criados pela talentosa estilista Adriana Barra. Eles podem estofar sofás, almofadas ou vestir as paredes, como na foto abaixo.

Na Bahia, a estilista Luciana Galeão criou uma linha exclusiva de tecidos bem original para os móveis da Home Design, como os que forram  as poltronas das fotos seguintes.

Como podemos ver, a moda e a decoração podem andar de mãos dadas, com resultados positivos para os dois lados.

Gabriel Magalhães – Arquiteto

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O mundo da decoração vem passando por um amplo processo de popularização e, desde os meados da década retrasada, entrou de vez na pauta de quase todas as famílias brasileiras. Isso fez com que esse universo fosse ficando cada vez mais íntimo a todos e, por consequência, perdesse um pouco da austeridade e até da seriedade de antigamente.

Decorar quartos, escritórios, salas e outros móveis é considerado por muitos um exercício divertido e prazeroso. Naturalmente, elementos do universo íntimo de cada pessoa passaram a fazer parte da decoração de suas casas.

Essa abertura nos conceitos do decór permitiu o uso de cores mais vibrantes, projetos com mais personalidade e o uso peças mais descontraídas, como o uso de brinquedos como objetos de design.

A estética dos brinquedos deixa de ser exclusiva do universo infantil e passa a fazer parte também do mundo dos adultos, recebendo até status de obra de arte. Com isso, os ToyArts (brinquedinhos geralmente sarcásticos e bem humorados) ganharam uma grande força na última década e passaram a fazer parte de projetos mais “descolados”.

Os grandes designers do mundo também embarcaram na onda e criaram móveis divertidos usando o universo infantil como mote. O vanguardista dessa onda foi Philippe Starck, que desenhou a banqueta Gnomes em 1998. Depois dele, a criação mais significativa foi a dos irmãos Campana: a poltrona Banquete, repleta de bichos de pelúcia.

Existem ainda os que vão mais além e criam ambientes inteiros com a aparência infantil. É um caminho arriscado, que pode facilmente pecar pelo exagero, caso não haja um bom argumento. A ideia é ter um ambiente jovial, divertido, mas não infantilóide e com síndrome de Peter Pan.

Crédito das fotos: Google Images

A transparência no mobiliário é um assunto controverso no mundo da decoração. Já foi amplamente usado entre os decoradores nos anos 70 com a coqueluche do acrílico mas depois caiu no esquecimento e amargou o ostracismo anos mais tarde. A ressurreição reinventada aconteceu no final do século com o aparecimento do policarbonato e o avanço nas técnicas do uso do vidro.

A peça mais emblemática e que melhor representa essa nova fase da transparência é a cadeira Louis Ghost, criada em 2002 pelo brilhante designer Philippe Starcke que conseguiu tornar-se um clássico do desenho contemporâneo pouquíssimo tempo após o seu lançamento. A cadeira é uma reprodução dos antigos móveis franceses, mas inteiramente fabricada em policarbonato, e logo virou sucesso pela leveza e versatilidade nas possibilidades de combinação com outros móveis.

Aqui no Brasil, a designer Jacqueline Terpins também fez história, mais ou menos no mesmo período, com a criação da poltrona Quatro, totalmente estruturada em vidro.

Entretanto, ao contrário do que muitos pensam, os móveis transparentes não passam despercebidos na decoração de um ambiente. Por serem inusitados e desafiarem a normalidade eles costumam ser vedete e chamar muita atenção.  Pode apostar nas peças.

Então algumas dicas são importantes para quando escolher um móvel desse tipo para sua casa:

1. Misture a transparência com materiais mais sólidos como madeira, mármores e tecidos, assim você vai garantir menos frieza e mais conforto.
2. Cuidado com as transparências coloridas, elas podem deixar sua casa parecendo uma lanchonete fastfood. Se o uso for inevitável, escolha uma única peça de qualidade e destaque-a, afinal ela jamais será imperceptível.
3. Móveis transparentes só funcionam se tiverem um bom design agregado, senão ficam grosseiros e roubam totalmente a cena, de forma negativa.
4. Transparência aliada a porcelanato, aço inox e laca brilhante deixará sua casa tão fria quanto um show room. A dica é:  fuja dessa combinação.
5. Cuidado com a informalidade exagerada que um móvel transparente pode trazer para sua casa. E eles são inusitados e tendem a fazer releituras de mobiliários passados, portanto, não exagere na dose.

Gabriel Magalhães

Arquiteto

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Um noite memorável. Assim podemos definir a premiação ontem à noite, no TCA, da segunda edição do Prêmio Syene Jovens Arquitetos. Muita emoção e expectativa marcaram o evento, principalmente entre os concorrentes ao prêmio, que aguardavam ansiosos escutarem seus nomes como vencedores. A Syene fez um evento voltado para estes profissionais, onde os detalhes fizeram a diferença e transformaram o dia 3 de agosto em uma data especial. Os presentes, que lotaram a sala principal do teatro, ainda puderem prestigiar uma apresentação de roda de capoeira, formada por crianças da ONG Semente da Paz, e um espetáculo de dança espanhola, da Escola de Dança, Arte e Cultura Galega e Espanhola (EDACE). Estes dois projetos são apoiados pela incorporadora.

Enquanto todos aguardavam os nomes dos vencedores, mantive comigo os envelopes até o momento certo de anunciar os premiados. Isto deixou a ansiedade dos concorrentes mais forte ainda. Mas antes de falar do ponto alto da festa, vale lembrar a importância e imponência da Comissão Julgadora, formada por três grandes nomes da arquitetura: Sidney Quintela, Ivan Smarcevski e Floriano Freaza.

“Por mais um ano, agradecemos o ótimo trabalho de todos os envolvidos com o Prêmio Syene Jovens Arquitetos. É com muita alegria que mais uma vez recebemos nossas famílias, amigos e parceiros neste evento que incentiva as boas ideias, as boas práticas; que valoriza o novo”, disse o CEO da Syene Alberto Lorenzo, durante seu discurso de abertura.

“Temos aqui futuros profissionais, com a qualidade que este prêmio merece, e estes arquitetos jurados que aqui estão fazem desta noite um marco na nossa história. Agradecemos mais uma vez a importante participação das instituições participantes, cooperando também com a divulgação dos projetos em seus ambientes”, comentou a diretora de Produto, Jealva Fonseca.

Os componentes do Júri apresentaram suas considerações sobre os trabalhos recebidos e falaram, em forma de bate papo, sobre alguns temas de interesse dos jovens profissionais. Floriano Freaza deu dica sobre sustentabilidade. “Como cidadão, temos que fazer pressão junto às autoridades, onde é necessário ter regras e critérios para estabelecer mudanças”, disse. Ivan Smarcevski falou sobre o tema mercado imobiliário: “Este mercado é cíclico, então é preciso saber administrar bem seus escritórios. Chamo a atenção para palavras primordiais no nosso meio: coragem, ética, disciplina e criatividade. Desejo sucesso a todos nesta profissão desafiadora”. Inovação foi o tem que Sidney Quintela abordou para os convidados. “Inovação é o que a Syene faz, investindo nos profissionais de arquitetura para melhorar a qualificação e, no futuro, todos saem ganhando. Inovação é atitude, está no simples. Arquitetura tem de ser sensitiva, tem que emocionar”, revelou.

Premiados e surpresas

Mas o momento mais esperado da noite, logo chegou. Os três estudantes que  carimbar o passaporte para a Espanha são Ciro de Almeida do Nascimento, Victor Fortaleza Cerqueira e Walmir Pinheiro Júnior. Esta edição trouxe também como novidade, a indicação de dois trabalhos para receber menção honrosa, e outros dois vencedores das novas categorias criadas nesta edição: Júri Popular e Qualidade Visual.

Os dois prêmios de menção honrosa ficaram para Luana Figueiredo de Carvalho Oliveira e Maíra Prado Machado. O vencedor da categoria Júri Popular, votação aberta nas redes sociais, foi a estudante Laís da Silva Leite, da Unifacs. Na categoria Qualidade Visual, a vencedora foi Laís Machado de Melo Barros.

“Esta vitória coroou o meu esforço. Uma alegria saber que o desafio que me impus teve resultado”, vibrou Walmir. “Eu só posso agradecer aos amigos e família pelo apoio que me fez chegar aqui”, falou de forma contagiante Ciro Nascimento. E Victor Cerqueira agradeceu a Syene pela oportunidade. “É uma premiação magnífica, que contribuirá para nosso futuro profissional”.

Mas a surpresa da noite não foi apenas para os três vencedores. O diretor Alberto Lorenzo surpreendeu mais uma vez os presentes no evento e anunciou que Jealva Fonseca agora é a nova diretora de Produto da Syene Empreendimentos, que recebeu a notícia sob aplausos calorosos.

Boa sorte Jealva, em seu novo desafio. Conte comigo para o que precisar. E a noite terminou no palco principal com muitos abraços. No coquetel? Brindamos!!!

A Syene valoriza o talento dos jovens baianos. E, por acreditar que toda história de sucesso de um profissional precisa de um começo, a incorporadora criou no ano passado o Prêmio Syene Jovens Arquitetos, primeiro concurso a premiar projetos de conclusão de curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo da Bahia. Devido ao sucesso e surpresa pela qualidade dos trabalhos apresentados, a Syene repete a dose e lança a segunda edição. No dia 3 de agosto, na sala principal do Teatro Castro Alves, acontecerá a cerimônia de premiação para conhecer os três grandes vencedores desta edição. A exposição com todos os trabalhos concorrentes ficará no foyer do TCA de 2 a 7 de agosto, das 12 às 18h.

Coube a cada instituição de ensino selecionar internamente, dentre os trabalhos finais de graduação de seus formandos, os que tiverem obtido da respectiva banca de avaliação nota final igual ou superior a nove, no máximo um trabalho para cada cinco alunos, ou fração que tenham desenvolvido e defendido seu trabalho final de graduação no ano de 2010, ou seja, 20% do número total de trabalhos defendido no ano passado.

A novidade deste ano é que o Prêmio irá incluir o quesito sustentabilidade, foco do novo empreendimento da Syene que será lançado, o Syene Corporate. E para avaliar criteriosamente os melhores trabalhos apresentados, uma nova comissão julgadora foi escolhida para este desafio: os renomados Floriano Freaza, indicado pelo IAB, Ivan Smarcevski e Sidney Quintela, indicados pela Syene. Todos com know-how para conferir quesitos como inovação, viabilidade técnico-construtiva e financeira além da tecnologia e materiais utilizados na execução de cada projeto.

“Além disso, mais uma novidade: após a escolha da comissão julgadora, estará disponível, nas redes sociais da Syene, a votação popular que elegerá mais um trabalho premiado. O contemplado vai ganhar um Curso de Revit, um programa que utiliza a tecnologia BIM [Building Information Modeling], que em português significa modelagem da informação da construção, e que traz muitos avanços e melhorias para a construção dos empreendimentos”, explica a gerente de marketing, Tiara Araújo. “O  resultado também será apresentado na noite da premiação”, completa.

Jealva Fonseca, gerente de produtos da Syene e uma das idealizadoras da premiação, acredita que além da valorização do futuro profissional, este é um prêmio que abre portas para o recém-formado. “É uma premiação rigorosa, avaliada por profissionais qualificados e de grande destaque. Uma oportunidade para esses jovens mostrarem o seu talento, esforço e dedicação de anos de estudo, além de conhecerem e circularem no meio do público de interesse deles. Sem falar da premiação, onde poderão ver de perto o que há de mais moderno no mundo arquitetônico”, declara.

Como premiação para os vencedores, os três melhores projetos ganham uma viagem, para a Espanha, onde poderão conhecer as obras da Copasa, referência na construção civil mundial, da qual a Syene faz parte, na região da Galícia, nas cidades de La Coruña, Santiago de Compostel e Vigo [obra de ampliação do aeroporto]. Mais informações no site Jovens Arquitetos.